terça-feira, 15 de abril de 2014

EDUCAÇÃO É IMPORTANTE PARA VOCÊ?

É notório o crescimento tecnológico nas últimas décadas. A relação entre o humano e a máquina tem se tornado cada vez mais próxima, alterando a cultura social, o modo de viver, de se relacionar, de aprender e ensinar. Em contrapartida, para acompanhar tamanhas mudanças, as pessoas precisam de constantes atualizações. Nesta lógica, as salas de aulas precisam se transformar em verdadeiros laboratórios complementando as experiências vivenciadas na prática de uma organização. Daí vem a ideia de alguns pesquisadores que acreditam na necessidade de uma organização em aprendizagem, entendida como a capacidade “em criar, adquirir e transferir conhecimentos e em modificar seus comportamentos para refletir novos conhecimentos e insights” como afirma Garvin, 1994. Contudo, as empresas resistem quando o assunto é programas de formação do capital humano. Em um primeiro momento é compreensível pelo fato de ser algo não palpável e com resultados de longo prazo, mas esta é uma concepção inaceitável quando se entende os benefícios e vantagens de ter uma equipe bem desenvolvida.  
Algumas empresas têm programas muito bem estruturados (teoricamente), o problema é a maneira como esta sendo aplicado. Muitos programas trabalham para que as pessoas sejam meros receptores de informações. Se criam soldados, ou como diz Ramos, 1983,” ...dóceis entes comportamentais”, o que não faz diferença nenhuma para um mercado altamente competitivo.
O fato de ter habilidade para manusear uma determinada máquina ou realizar determinada tarefa, não fará diferença nenhuma se o indivíduo não estiver embasado no contexto que envolve a execução desta. Criar habilidade intelectual, esta é a deficiência! Trabalhar o indivíduo como parceiro no processo e não como mero executor é a grande dificuldade.
O resultado de ações teoricamente corretas, mas sem método para execução traz a tona alguns efeitos, como por exemplo, o clássico: não se mexe em time que está ganhando. Será? Ou mesmo, quando um funcionário tende a se destacar por sua habilidade manual e que por estratégia pessoal resguarda todas as informações, afim de ‘supostamente’ assegurar seu emprego. O pior neste segundo caso é que as empresas ainda permitem que isso aconteça.

O mercado clama por profissionais com habilidades intelectuais. Não tem mais espaço para egocentrismo e mesquinharia. O que precisa é vontade, determinação e espírito empreendedor. Pessoas sem objetivo, sem embasamento, sem opinião, sem visão empreendedora, sem método e principalmente sem vontade provavelmente terá uma trajetória profissional sem valor algum.

Daise Ferrari
Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas
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